Entrevista com o Cacá Diegues




Cinema político independente no Rio de Janeiro: conflitos de classe na produção cinematográfica


Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
Faculdade de Formação de Professores - FFP
Programa de Pós-Graduação em História Social - PPGHS
Doutorado em História
Doutorando: Arthur Moura (bolsista FAPERJ)
Projeto: Cinema Político Independente no Rio de Janeiro (2000-2020): conflitos de classe na produção cinematográfica
Orientador: Dr. Gelsom Rozentino de Almeida
Co-orientadora: Dra. Sonia Maria de Almeida Ignatiuk Wanderley
Pesquisa Cinematográfica: J. A. Lourenço Soares - Mestre em Cinema (PPGCine/UFF)











Cacá Diegues dialoga com Marta Torres



“AS MULHERES SÃO A CHAVE NO FUTURO DO CINEMA BRASILEIRO”
À convite da Bazaar, os cineastas se reuniram para uma conversa franca sobre o cenário cinematográfico nacional.





Uma nova exibição do filme “5X Favela, agora por nós mesmos”



Cacá Diegues Aconteceu na noite de quinta-feira, dia 31 de agosto, no Casarão do Grupo Nós do Morro, no Morro do Vidigal, Rio de Janeiro. O debate após a sessão contou com a presença do cineasta Cacá Diegues, mentor e produtor do bem sucedido projeto do filme realizado em 2010. Como disse Luciana Bezerra, uma das diretoras: "Agradecida ao Cacá por acreditar no Cinema Brasileiro, no Cinema popular e na força dele para a transformação do povo. Porque pra mim, cria de Guti Fraga, o filósofo do sonho, cinema sempre foi sobre isso. E isso uniu a familia5xfavela."





Debate com Cacá Diegues sobre Bye Bye Brasil, no Estação Botafogo/RJ



Cacá Diegues O filme Bye Bye, Brasil, de Cacá Diegues, foi exibido no último 25 de agosto, na tela grande no Estação Botafogo, em razão da Mostra dos 60 anos da LCBarreto Produções. Cacá contou histórias sobre as locações, elenco, a ideia do título e a preparação para um filme de estrada feito em 1979. O debate teve a presença da atriz Zaira Zambelli, do cineasta Bruno Barreto, da representante da LCBarreto, Julia Barreto, mediado por Diego Alexandre.





Bienal Internacional do Livro de Alagoas retorna após quatro anos



Depois de quatro anos sem ser realizada, inclusive por causa da pandemia, acontece nesta sexta-feira (11) a abertura da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Confirmaram presença no evento, escritores e intelectuais renomados, como o filósofo e líder indígena Ailton Krenak, o escritor Itamar Vieira Junior, autor dos romances Torto Arado e Salvar o Foto, e o antropólogo Kabengele Munanga. Também participam do evento a escritora Paula Pimenta, o cartunista Carlos Ruas e Carla Akotirene, reconhecida pesquisadora sobre o tema da interseccionalidade. A Bienal também fará homenagens especiais, como ao cineasta Cacá Diegues, patrono do evento...





Marco Lucchesi, Cacá Diegues e Antônio Torres (respeito, hein!, todos imortais — rs) embarcam para a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que começa na sexta (11/08), para participar de debate sobre o poeta alagoano Jorge de Lima, no ano dos 130 anos de seu nascimento e 70 de morte, a convite da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), no sábado (12/08). A mediação será de Rostand Lanverly, presidente da Academia Alagoana de Letras. A bienal vai até 20 de agosto, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, com o tema “Defender a Vida, Proteger o Planeta e Humanizar a Sociedade”...



Obra completa do autor Breno Accioly é apresentada ao público da 10ª Bienal



Um dos pontos altos do estande da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, durante a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, é o lançamento da obra completa do autor Breno Accioly, na sala Siriguela, neste domingo (13), às 19h. Considerado um dos grandes contistas brasileiros, o autor terá sete obras lançadas durante o evento, sendo duas delas totalmente inéditas. No evento de apresentação da coleção Breno Accioly haverá também um bate-papo com Cacá Diegues, Edilma Bomfim, Golbery Lessa, Márcio Ferreira, Heloísa de Moraes e José Geraldo Marques...





Belas Artes inaugura Estúdio Cacá Diegues


Na próxima terça-feira, 4 de abril, as 11 horas, o Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo, inaugurará o estúdio do curso de Cinema com o nome do cineasta e padrinho do curso de graduação, lançado em 2022. Os Estúdios de Cinema (Ilhas de edição, Stop-Motion, Camarins, Salas de Maquiagem, Guarda-roupa e Acervo) “Cineasta Cacá Diegues” estão localizados na denominada Unidade 5, na Rua Dr. Álvaro Alvim, 90, na Vila Mariana.

Prestes a completar 83 anos, em 19 de maio, Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió (AL) e possui relevância ímpar para a história do cinema brasileiro. Além de ser o único diretor vivo da fase inaugural do denominado Cinema Novo, o movimento cinematográfico brasileiro de maior reconhecimento internacional, ele possui em sua cinematografia grandes clássicos como "Ganga Zumba", "Quando o Carnaval Chegar", "Joanna Francesa", "Xica da Silva", "Chuvas de Verão", "Dias Melhores Virão", "Bye Bye Brasil", "Tieta do Agreste", "Deus é Brasileiro" e "O Grande Circo Místico".

O cineasta está próximo de lançar seu vigésimo filme, "Deus Ainda é Brasileiro", rodado no final do ano passado e no início de 2023, e possui uma relação muito próxima com o curso de Cinema do Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo, tendo dado uma aula magna no primeiro dia do curso, como padrinho do mesmo, e na primeira aula do segundo semestre, quando serviu de fonte de inspiração para os alunos realizarem os principais trabalhos práticos do semestre, denominados Projeto Integrador Multidisciplinar (PIM).



Mais informações em (11) 999285464 ou guilherme.bryan@belasartes.br





“Deus ainda é brasileiro”: filmagens concluídas
dentro do prazo, no sertão de Alagoas

Depois de seis semanas, a filmagem de “Deus ainda é brasileiro”, de Cacá Diegues, em Piranhas, sertão de Alagoas, vai até esta quarta (14/12) como previsto, dentro do prazo. Na imagem, parte da equipe que fez os dois filmes: “Deus é brasileiro”, em 2003 e “Deus ainda é brasileiro”, em 2022, ou seja, há 19 anos. daquelas situações, mas não é uma continuação. Esse filme aborda um outro momento da nossa história, em que Deus retorna ao Brasil para tentar recuperar a esperança na humanidade. Eu costumo dizer que esse filme é uma comédia cívica, por causa do seu tom patriótico", destaca o cineasta. "Além disso, o filme convida o espectador a refletir sobre o nosso momento político e de que forma podemos contribuir para a política brasileira", finaliza.

Cacá Diegues, Renata Magalhães e Antonio Fagundes /Foto: Site Lu Lacerda





Deus Ainda é Brasileiro, de Cacá Diegues começa
a rodar em Alagoas.




Making of do filme Deus ainda é brasileiro




Com suas oito décadas de vida, o cineasta alagoano Cacá Diegues inicia a produção do seu 20º filme: Deus Ainda é Brasileiro. O início das filmagens do longa iniciou em novembro e será inteiramente rodado em Alagoas, tendo como palco cidades como Maceió, Ipioca e Piranhas. A nova obra de Diegues reflete o Brasil quase 20 anos após o primeiro "Deus" (como Cacá se refere ao "Deus é Brasileiro", rodado em 2003), e não é uma continuação deste, como ele mesmo explica, mas uma sátira da nova realidade política brasileira.

“Prefiro dizer "Deus Ainda é Brasileiro" se trata de um spin-off, pois é um filme saído daqueles personagens, daquelas situações, mas não é uma continuação. Esse filme aborda um outro momento da nossa história, em que Deus retorna ao Brasil para tentar recuperar a esperança na humanidade. Eu costumo dizer que esse filme é uma comédia cívica, por causa do seu tom patriótico", destaca o cineasta. "Além disso, o filme convida o espectador a refletir sobre o nosso momento político e de que forma podemos contribuir para a política brasileira", finaliza.

Foto de Celso Brandão



O longa-metragem conta novamente com o ator Antônio Fagundes no papel de “Deus”, e com as atrizes alagoanas Ivana Iza, como Madá, e Laila Vieira, como Linda, a protagonista da história e ainda Otávio Muller como Carlitão e Bruce Gomlevsky como Quincas das Mulas. A equipe da LC Barreto Produções está em Maceió para contratar setenta por cento dos profissionais que trabalharão no filme, incluindo produção e atores. Um dos propósitos do projeto é gerar empregos na região e movimentar a economia por meio do cinema. "Depois de dois anos difíceis para o setor cultural e audiovisual estamos orgulhosos de rodar um filme desse porte em Alagoas. "Deus Ainda é Brasileiro" naturalmente vai concorrer a prêmios e participar de festivais internacionais, já que leva a assinatura de dois monstros do cinema nacional - Cacá Diegues e Luiz Carlos Barreto. Alagoas ganhará uma visibilidade muito estratégica com o longa, pois vai divulgar o destino Alagoas para o mundo por causa das locações incríveis que esse lugar oferece, como o Ipioca Beach Resort, por exemplo, onde vamos construir uma oca de 40 m2 que ficará como legado para o empreendimento. O filme vai fomentar ainda mais o turismo, atrair investimentos internacionais e, consequentemente, movimentar a economia trazendo desenvolvimento para a toda região", afirma Paula Barreto, produtora do filme.

“Para nós está sendo um privilégio trabalhar com a mão-de-obra alagoana. Estamos encantados com Alagoas e seu povo, que nos recebeu tão bem. Existe muita gente boa no setor audiovisual em todo o País querendo trabalhar, com um potencial incrível fora do eixo Rio-São Paulo. Por isso, quem quiser aprender sobre esse universo está convidado a nos procurar e contribuir com o nosso longa”, ressaltou a produtora-executiva da LC Barreto, Bruna Dantas.

Foto de Paula Fernandes - @paulalouisefs



A lista com os nomes dos atores que vão integrar o elenco do filme “Deus Ainda é Brasileiro” será divulgada em breve. O longa será distribuído pela Imagem Filmes.

Fotos de Paula Fernandes - @paulalouisefs



Sobre o cineasta

Nascido em Maceió, Carlos José Fontes Diegues é o segundo filho do antropólogo Manuel Diegues Júnior e de uma fazendeira. Aos 6 anos de idade, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro e se instalou em Botafogo, bairro onde passou toda sua infância e adolescência. Cacá Diegues formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tornou-se presidente do Diretório Estudantil onde fundou um cineclube e iniciou suas atividades de cineasta amador. Diegues é considerado um dos líderes do Cinema Novo, juntamente com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade. Em agosto de 2018, o cineasta foi eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de nº 7, que já foi ocupada pelo escritor Euclides da Cunha.



“A dor mais profunda”, diz Cacá Diegues sobre perda da filha Flora.


Entrevista do Cacá Diegues na Revista Veja
Um dos grandes cineastas brasileiros diz que submergiu por tanto tempo para lidar com o luto e que novo filme é uma forma de expurgar os anos Bolsonaro.
Por Ernesto Neves, Mafê Firpo Atualizado em 21 março 2023.

Leia a entrevista do Carlos Diegues para a Revista Veja, na íntegra...



A esplêndida história da Humanidade

Cacá Diegues - Jornal O Globo - 10 de março de 2024

RJ 07-03-2024 - Lilia Schwarcz é eleita para a Academia Brasileira de Let — Foto: oglobo
Lilia Schwarcz traz para a Academia um espírito original que criou com seus livros de antropologia e de História do Brasil, visto como um território de futuro


Acabo de mandar uma mensagem eletrônica para um grande amigo meu que sabe dessas coisas. Eu lhe dizia que os sinos da Academia estão batendo até agora com grande euforia por causa da eleição de Lilia Schwarcz. Ela é a mais nova acadêmica e ocupa a cadeira nº 9, onde esteve o querido Alberto da Costa e Silva, que nos honrou e ensinou durante anos com seus conhecimentos obtidos com a Diplomacia, na Literatura e na História do Brasil. “Minha candidatura é uma homenagem ao dr. Costa e Silva”, disse ela com modéstia, “ele sempre foi meu pai espiritual, meu pai intelectual, gostaria muito de seguir seus passos, e a ABL é fundamental para isso, como é fundamental para nossa memória nacional”. Os sinos continuam portanto a bater.

Lilia traz para a Academia, além desse olhar novo e ao mesmo tempo respeitoso, um espírito original que ela desenvolveu bastante com seus estudos de Antropologia e seus livros sobre a História do país, visto como um território de futuro. Uma nação que tinha (e tem) o dever de uma enorme correção social para o bem de todos.

Tenho a impressão de que a Academia se atualiza com esses problemas como os que Lilia expunha em sua campanha e seus interesses culturais que ela confirma até hoje. A chegada dela na Academia corresponde ao mesmo ímpeto. Uma instituição que perdeu recentemente uma pessoa como Nélida Piñon não pode seguir reclamando do destino diante de conquistas como as de Heloisa Teixeira e, agora, Lilia Schwarcz.

Mas está também na hora de se parar para pensar no destino da Humanidade. Ou para ser mais específico no destino do Homo Sapiens. Nosso sucesso como espécie não pode ignorar nosso futuro incerto, as dificuldades com que convivemos depois de milênios de vitórias incontestáveis diante dos neandertais ou dos denisovanos.

Deixamos a África modestamente, de barco ou a nado, fomos enfrentar nossos parecidos na Ásia e no Mar da China, fomos até a insípida e sombria Europa para garantir e confirmar essas vitórias, em 40 mil anos derrotamos todos eles. Temos agora que resolver esse problema crucial: como vencer mais essa etapa, não se trata mais de superar um inimigo presente ou futuro, mas de se estabelecer no mundo real como somos agora. Não queremos mais passar a perna em ninguém, mas simplesmente garantir nosso futuro nesse mundo em que podemos desaparecer.

Somos constantemente ameaçados pelas mudanças climáticas que nós mesmos provocamos, a população do planeta segue crescendo e não temos como evitá-lo, as guerras destrutivas como as da Ucrânia e no Oriente Médio se repetem por toda parte, parece até que curtimos essas desgraças todas porque deixamos que elas aconteçam sem reagir. Enquanto isso o progresso de nossa passagem pelo mundo parece se interromper na injusta divisão social dos países. Mesmo as nações mais ricas não conseguem resolver a questão interna crucial para a sobrevivência de todos eles.

Enfim, nossa Lilia não tem nada a ver com isso, ela segue no rumo correto de sua participação no conhecimento e na cultura, brilhará certamente com esses instrumentos à mão e se tiver que afundar nessas histórias todas vai afundar sem culpa e sem restrições. Somos nós todos que temos que pensar no futuro incerto, nessa incapacidade de resolver a questão central: o que fazer para manter o Homo Sapiens no planeta, sem subestimar seu papel em tudo isso?

Podemos imaginar as gerações futuras reunidas em torno da batalha por um novo projeto humanista, como podemos simplesmente vê-las sem saber o que fazer diante do que necessitam. A ABL, agora com nossa Lilia, seguirá seu rumo ajudando-nos no que for possível. Os sinos não vão parar de bater!

Destaques

Premiações e Eventos

200 Anos da Independência do Brasil em Alagoas

Fapeal, Imprensa Oficial Graciliano Ramos, Edufal e Eduneal celebraram os 200 Anos da Independência do Brasil em Alagoas no dia 23 de março de 2022, no Teatro Deodoro, com exposição, apresentação musical da banda Divina Supernova, lançamento de livros, sessão de autógrafos e um bate-papo especial com o cineasta Cacá Diégues. O evento foi gratuito e aberto ao público.

Cacá Diegues é homenageado em Paulínia

Diretor de filmes consagrados no Brasil como “Bye, bye Brazil” e “Xica da Silva” , Cacá Diegues foi homenageado no final do 6º Paulínia Film Festival. O troféu Menina de Ouro foi dado pelo curador da mostra, Rubens Ewald Filho.

Cacá é convidado para 12ª FLIP

Cacá foi convidado juntamente como o músico Edu Lobo para participar de um debate na 12ª FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty). O papel central de Carlos Diegues na cultura do país remonta aos primórdios do Cinema Novo, do qual foi um dos articuladores. Nascido em Maceió, em 1940, inaugurou sua carreira profissional em 1961, ao filmar “Escola de Samba Alegria de Viver”, episódio do longa Cinco vezes favela (1961).